quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Anytime! Absolutely!


A minha última visita ao cinema fascinou-me. Há muito tempo que não via um filme que me despertasse o sentido da vida como este. A ideia base, original de F. Scott Fitzgerald, parece um pouco esquisita: a história de um homem que nasce com 80 anos mas depois vê a vida a andar ao contrário, literalmente, e morre como um bebé.

Espectacular o cruzamento de idades entre os protagonistas, Brad Pitt e Cate Blanchett e a sua caracterização.

É uma bela fábula, tecnicamente irrepreensível, drama q.b., com situações hilariantes (destaco dois momentos do filme, um primeiro momento em que B. Button afirma “Anytime!” e noutra situação responde categoricamente “Absolutely!”…)

Foram mais de duas horas e meia de puro entretenimento. Obrigatório.

4 comentários:

Roadrunner disse...

No dia 22, quis ir ao cinema ver o último do Woody Allen. Como não consegui, deixo-te aqui um pequeno texto dele, que tem a ver com a trama do filme que mencionas:
A minha próxima vida - Woody Allen.
"A minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto.
Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar. Receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma razoável
promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e tornamo-nos
num bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia. E depois... Voila!: Acaba com um orgasmo!"
Genial, como sempre!

Anónimo disse...

Fábula é uma história personificada por animais, o que não é o caso. Talvez quisesses dizer parábola...

Anónimo disse...

Para o anónimo que questionou o uso do termo fábula, cá vai a sua definição retirada de um dicionário de língua portuguesa:
1. Composição, geralmente em verso, em que se narra um facto cuja verdade moral se oculta sob o véu da ficção.
2. Mitologia.
3. Mentira.
4. Ficção, falsidade.
5. Sucesso inventado.
6. Assunto principal (com todo o seu desenvolvimento) de um romance, drama, poema, etc.
Ou seja, o autor do blog utiliza o termo correctamente...

Anónimo disse...

Da Wikipedia:
A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais com características humanas, sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial dessa. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.

A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).

As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros.Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para nós não cometermos erros.