The master said You must write what you see,
But what I see does not move me.
The master answered Change what you see.
Esta edição bilingue da Relógio D’Água contém 32 poemas, sobre a primavera, a morte e recomeços, a resignação e a esperança. São poemas brutais, luminosos e clarividentes onde não se fazem grandes reivindicações. Louise Glück, Prémio Nobel da Literatura em 2020, parece não ter esperança no ser humano e nas vastas forças que o moldam e frustram.
Formalmente, a poesia de Glück raramente tem rima mas, para mim, a poesia, por quem a escreve bem, é bela e simples, não devendo ser encarada como algo intrincado, ininteligível ou hermético. Os meus poemas preferidos desta obra são Aubade, The New Life, Lament, Lute Song, Nest, Relic, Castile e este Immortal Love:
Like a door
the body opened and
the soul looked out.
Timidly at first, then
less timidly
until it was safe
Then in hunger it ventured.
Then in brazen hunger,
then at the invitation
of any desire.
Promiscuous one, how will you find
god now? How will you
ascertain the divine?
Even in the garden you were told
to live in the body, not
outsider it, and suffer in it
if that comes to be necessary.
How will god find you
if you are never in one place
long enough, never
in the home he gave you?
Or do you believe
you have no home, since god
never meant to contain you?
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