Os recentes casos de ataques, pressões e ameaças contra livros e autores, deixam-me profundamente irritado!
A brigada de higienização já chegou aos livros. Há que esconder as obras que podem ferir suscetibilidades.
É preciso linguagem inclusiva. Aprontem os fósforos, não vá ser preciso umas fogueiras. Chamem Guy Montag, o protagonista de Fahrenheit 451. Comecem pelos livros de História que estão cheios de coisas obscenas. O que vale é que já temos “literatura” escrita por inteligência artificial. A estupidez é que é sempre pura. E infinita.
- Tomás Eloy Martínez – O Cantor De Tango - Céline – Morte A Crédito - Juan Marsé – Essa Puta Tão Distinta - Flannery O’Connor – Um Bom Homem É Difícil de Encontrar
1. Sigur Rós – Fall 2. Devendra Banhardt – Twin 3. London Grammar & SebastiAn – Dancing By Night 4. Silvert Høyem – The Rust 5. Metric – Days of Oblivion 6. Idles – Dancer 7. U2 – Atomic City 8. Debby Friday (Ft. Uñas) – I Got It 9. Yves Tumor – Echolalia 10. Måneskin (Ft. Tom Morello) – Gossip 11. JP Saxe (Ft. Julia Michaels) – If The World Was Ending 12. Future Islands – Deep In The Night 13. Depeche Mode – My Favourite Stranger 14. Passenger (Ft. Gabrielle Aplin) – Circles 15. Maximilian Hecker – Neverheart 16. Harry Styles – Fine Line 17. Sharon Van Etten – When I Die 18. Deerhoof – Midnight, The Stars And You 19. Tomara – Avalanche 20. Carminho – Levo O Meu Barco No Mar
A ação de Killers Of The Flower Moon (“Assassinos da Lua das Flores”) passa-se na década de 1920, nos Estados Unidos, no meio da comunidade de índios Osage, milionários por terem descoberto petróleo nas terras que lhes foram destinadas como reserva. Mas há uma família que tem uma estratégia para desviar a fortuna, liderada por um patriarca (Robert De Niro, genial) e que inicia nas atividades criminosas um novato acabado de chegar, que tem a pele de Leonardo DiCaprio. Porém, os diversos assassinatos de índios Osage levam a uma investigação do recém-criado FBI de Edgar J. Hoover.
Martin Scorsese fez de novo apelo aos seus atores fetiche, De Niro e DiCaprio, juntou-lhes uma soberba Lily Gladstone, oriunda de uma outra comunidade de nativos americanos, transformou um livro de David Grann já existente, baseado numa história verídica, numa obra autónoma, consultou, trabalhou com e respeitou os índios Osange, e oferece-nos ao mesmo tempo uma verdadeira tragédia americana, uma obra monumental, com interpretações poderosas, reconstituição histórica rigorosa e uma crítica contundente à violência colonial e ao capitalismo selvagem da época. Sem dúvida um dos grandes momentos cinematográficos do ano.