A ação de Killers Of The Flower Moon (“Assassinos da Lua das Flores”) passa-se na década de 1920, nos Estados Unidos, no meio da comunidade de índios Osage, milionários por terem descoberto petróleo nas terras que lhes foram destinadas como reserva. Mas há uma família que tem uma estratégia para desviar a fortuna, liderada por um patriarca (Robert De Niro, genial) e que inicia nas atividades criminosas um novato acabado de chegar, que tem a pele de Leonardo DiCaprio. Porém, os diversos assassinatos de índios Osage levam a uma investigação do recém-criado FBI de Edgar J. Hoover.
Martin Scorsese fez de novo apelo aos seus atores fetiche, De Niro e DiCaprio, juntou-lhes uma soberba Lily Gladstone, oriunda de uma outra comunidade de nativos americanos, transformou um livro de David Grann já existente, baseado numa história verídica, numa obra autónoma, consultou, trabalhou com e respeitou os índios Osange, e oferece-nos ao mesmo tempo uma verdadeira tragédia americana, uma obra monumental, com interpretações poderosas, reconstituição histórica rigorosa e uma crítica contundente à violência colonial e ao capitalismo selvagem da época. Sem dúvida um dos grandes momentos cinematográficos do ano.
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