quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Sons de Outono


1. PulpSpike Island
2. Wolf AliceBloom Baby Bloom
3. The New Pornographers - Ballad Of The Last Payphone
4. The KooksSunny Baby
5. The BeachesLast Girls At The Party
6. Richard Ashcroft Lover
7. Suede Disintegrate
8. Activity In Another Way
9. U2 Iris (Hold Me Close)
10. Matt Pond PA Heaven Or Las Vegas
11. Aurora Through The Eyes Of A Child
12. Bon Iver (ft. Danielle Haim)If Only I Could Wait
13. Hot Air Balloon MusicCome This Far
14. Matt Berninger (ft. Hand Habits)Breaking Into Action
15. Born Ruffians Supersonic Man
16. Wednesday Elderberry Wine
17. Sombr Back To Friends
18. TurnstileNever Enough
19. Old Sea Brigade (ft. Katie Pruitt)Green Tea
20. Ólafur Arnalds & TalosSigns


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Pensamento do Dia


“A corrida para a excelência não tem linha de chegada.”

David Rye

Steve (2025), de Tim Mielants

 



Este filme, baseado no romance "Shy" de Romance Porter, passa-se em meados da década de 1990 e foca-se num período de 24 horas caóticas na vida de Steve (interpretado por Cillian Murphy), o diretor de Stanton Wood Manor, um colégio interno de reabilitação para rapazes com dificuldades comportamentais, com sérios problemas de integração familiar e social.

Steve é um homem exausto e profundamente comprometido, mas que luta com os seus próprios problemas de saúde mental e abuso de substâncias (álcool e analgésicos) e que se sente culpado por um acidente de viação fatal no passado.

O dia a dia da escola é um pesadelo de conflitos físicos e verbais que se alimentam uns aos outros, obrigando o corpo docente, castigado por um cada vez menor apoio estatal, a desesperadas tarefas de apaziguamento. A situação complica-se com a presença de uma equipa de televisão que se limita a procurar imagens que garantam a reprodução de clichés previamente assumidos.

A trama aprofunda-se no relacionamento entre Steve e Shy (Jay Lycurgo), um adolescente problemático que é o centro emocional do filme. A dor de Shy é ampliada quando a sua mãe o rejeita, levando-o a um colapso que espelha as lutas internas de Steve. O filme, retrato cru e realista sobre o custo emocional de tentar cuidar dos vulneráveis e da falência dos sistemas institucionais, explora como professor e aluno, ambos emocionalmente à beira do abismo, procuram uma razão para continuar a lutar.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

O TikTok nas salas de aula


Há muito tempo que a educação enfrenta o desafio das distrações dos alunos. Antigamente, era o pião. No fundo da sala, girava enquanto o professor tentava explicar o Produto Interno Bruto. Depois, vieram as cadernetas de cromos. Quem nunca trocou um cromo repetido durante uma aula de Economia que atire a primeira borracha.

A luta pela atenção sempre existiu. Os professores falavam de economia e os alunos, de olhar perdido na janela, viajavam nos seus próprios pensamentos. E então chegou o telemóvel. Um pequeno aparelho que cabe no bolso e nos leva para qualquer parte do Mundo – e, claro, também para a sala do diretor.

Se antigamente a ameaça era uma bolinha de papel a voar pela sala de aula, hoje é um post no Instagram ou um vídeo engraçado no TikTok. Professores falam de Economia enquanto os alunos, discretamente, tentam fazer danças virais com o telemóvel por baixo da mesa. A prática evoluiu, mas o desafio mantém-se: como prender a atenção dos jovens?

É curioso ver a rapidez com que a distração se adaptou à tecnologia. Antes, para faltar a uma aula, era preciso um plano complexo. Hoje, basta esconder o telemóvel por trás de um livro de Economia e navegar pelas redes sociais sem sair do lugar.

Mas a verdade é que as distrações sempre existirão nas salas de aula, apenas irão mudando de formato. Antes, via-se rodar um pião, hoje veem-se as mensagens no WhatsApp. Em vez de trocar cromos, partilha-se memes. A essência não muda, só mudam as ferramentas.

E a solução? É a grande questão. Cabe ao professor encontrar formas criativas para competir com este novo “adversário”. E quem sabe, em vez de lutar contra a tecnologia, usá-la a seu favor. Talvez a saída esteja em fazer o TikTok trabalhar em prol da educação?

Afinal, o desafio é antigo, só mudaram os meios. Porque se há algo que nunca mudou, é a habilidade dos alunos para encontrar novas formas de se distrair.