O baixista da mítica banda de Manchester revisitou os álbuns de estúdio “Unknown Pleasures” (1979) e “Closer” (1980). Na primeira parte, o público, na sua maioria com mais de três décadas de idade, foi brindado com sete temas dos mais electrónicos New Order, como “Bizarre Love Triangle” e “True Faith”, num cenário onde se vislumbravam duas gigantescas lonas de pano ilustradas com as capas dos álbums de rock melancólico e depressivo dos Joy Division.
Apesar da voz debilitada e nos antípodas de um vocalista carismático, a actuação enérgica e autoritária de Peter Hook agradou-me pois fui ao concerto sem outra expectativa que não fosse recordar música que marcou, e de que maneira, a minha adolescência.
No total foram mais de duas horas e meia animadíssimas, num ambiente de misticismo e revivalismo e não obstante os três intervalos (a t-shirt do Batman, oferecida ao público no final, não conseguia esconder os 58 anos do performer!), houve uma dança delirante com um fã, um desfecho estonteante com “Transmission” e “Love Will Tear Us Apart” e muito moche mas também alguma desilusão com a ausência da “Atmosphere”.
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