quarta-feira, 1 de outubro de 2025
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Sons de Outono
1. Pulp – Spike Island
2. Wolf Alice – Bloom Baby Bloom
3. The New Pornographers - Ballad Of The Last Payphone
4. The Kooks – Sunny Baby
5. The Beaches – Last Girls At The Party
6. Richard Ashcroft – Lover
7. Suede – Disintegrate
8. Activity – In Another Way
9. U2 – Iris (Hold Me Close)
10. Matt Pond PA – Heaven Or Las Vegas
11. Aurora – Through The Eyes Of A Child
12. Bon Iver (ft. Danielle Haim) – If Only I Could Wait
13. Hot Air Balloon Music – Come This Far
14. Matt Berninger (ft. Hand Habits) – Breaking Into Action
15. Born Ruffians – Supersonic Man
16. Wednesday – Elderberry Wine
17. Sombr – Back To Friends
18. Turnstile – Never Enough
19. Old Sea Brigade (ft. Katie Pruitt) – Green Tea
20. Ólafur Arnalds & Talos – Signs
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Steve (2025), de Tim Mielants
Este filme, baseado no romance "Shy" de Romance Porter, passa-se em meados da década de 1990 e foca-se num período de 24 horas caóticas na vida de Steve (interpretado por Cillian Murphy), o diretor de Stanton Wood Manor, um colégio interno de reabilitação para rapazes com dificuldades comportamentais, com sérios problemas de integração familiar e social.
Steve é um homem exausto e profundamente comprometido, mas que luta com os seus próprios problemas de saúde mental e abuso de substâncias (álcool e analgésicos) e que se sente culpado por um acidente de viação fatal no passado.
O dia a dia da escola é um pesadelo de conflitos físicos e verbais que se alimentam uns aos outros, obrigando o corpo docente, castigado por um cada vez menor apoio estatal, a desesperadas tarefas de apaziguamento. A situação complica-se com a presença de uma equipa de televisão que se limita a procurar imagens que garantam a reprodução de clichés previamente assumidos.
A trama aprofunda-se no relacionamento entre Steve e Shy (Jay Lycurgo), um adolescente problemático que é o centro emocional do filme. A dor de Shy é ampliada quando a sua mãe o rejeita, levando-o a um colapso que espelha as lutas internas de Steve. O filme, retrato cru e realista sobre o custo emocional de tentar cuidar dos vulneráveis e da falência dos sistemas institucionais, explora como professor e aluno, ambos emocionalmente à beira do abismo, procuram uma razão para continuar a lutar.
terça-feira, 16 de setembro de 2025
O TikTok nas salas de aula
Há muito tempo que a educação enfrenta o desafio das distrações dos alunos. Antigamente, era o pião. No fundo da sala, girava enquanto o professor tentava explicar o Produto Interno Bruto. Depois, vieram as cadernetas de cromos. Quem nunca trocou um cromo repetido durante uma aula de Economia que atire a primeira borracha.
A luta pela atenção sempre existiu. Os professores falavam de economia e os alunos, de olhar perdido na janela, viajavam nos seus próprios pensamentos. E então chegou o telemóvel. Um pequeno aparelho que cabe no bolso e nos leva para qualquer parte do Mundo – e, claro, também para a sala do diretor.
Se antigamente a ameaça era uma bolinha de papel a voar pela sala de aula, hoje é um post no Instagram ou um vídeo engraçado no TikTok. Professores falam de Economia enquanto os alunos, discretamente, tentam fazer danças virais com o telemóvel por baixo da mesa. A prática evoluiu, mas o desafio mantém-se: como prender a atenção dos jovens?
É curioso ver a rapidez com que a distração se adaptou à tecnologia. Antes, para faltar a uma aula, era preciso um plano complexo. Hoje, basta esconder o telemóvel por trás de um livro de Economia e navegar pelas redes sociais sem sair do lugar.
Mas a verdade é que as distrações sempre existirão nas salas de aula, apenas irão mudando de formato. Antes, via-se rodar um pião, hoje veem-se as mensagens no WhatsApp. Em vez de trocar cromos, partilha-se memes. A essência não muda, só mudam as ferramentas.
E a solução? É a grande questão. Cabe ao professor encontrar formas criativas para competir com este novo “adversário”. E quem sabe, em vez de lutar contra a tecnologia, usá-la a seu favor. Talvez a saída esteja em fazer o TikTok trabalhar em prol da educação?
Afinal, o desafio é antigo, só mudaram os meios. Porque se há algo que nunca mudou, é a habilidade dos alunos para encontrar novas formas de se distrair.
domingo, 31 de agosto de 2025
quarta-feira, 9 de julho de 2025
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Leituras do Mês
- Virginie Despentes - Caro Idiota
- Claire Keegan – Pequenas Coisas Como Estas
- Rafael Gallo - Dor Fantasma
- Harlan Coben – Sinto A Tua Falta
- Claire Keegan – Pequenas Coisas Como Estas
- Rafael Gallo - Dor Fantasma
- Harlan Coben – Sinto A Tua Falta
terça-feira, 24 de junho de 2025
Sons de Verão
1. Nell Smith & The Flaming Lips – Red Right Hand
2. Ben Kweller (ft. Waxahatchee) – Dollar Store
3. Wet Leg – Catch These Fists
4. Arcade Fire – Year Of The Snake
5. Röyksopp (ft. Fever Ray) – What Else Is There?
6. The Horrors – More Than Life
7. Lambrini Girls – Company Culture
8. Elbow – Adriana Again
9. Sleaford Mods (ft. Billy Nomates) – Mork N Mindy
10. Cass McCombs – Priestess
11. Kim Gordon & Kim Deal – Little Trouble Girl
12. Jay-Jay Johanson – How Long Do You Think We’re Gonna Last?
13. Sunday (1994) – Blonde
14. Matt Berninger – Bonnet Of Pins
15. Passion Pit – Sleepyhead
16. Foreign Air – Free Animal
17. Dan Mangan – Melody
18. Ólafur Arnalds & Talos (ft. Niamh Regan & Ye Vagabonds) – We Didn’t Know We Were Ready
19. Lucy Dacus – Talk
20. Decline and Fall – As All Ends
domingo, 25 de maio de 2025
quarta-feira, 23 de abril de 2025
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Leituras do Mês
- Patti Smith – Apenas Miúdos
- Anne Applebaum – Autocracia, Inc.
- Han Kang – Atos Humanos
- Irene Vallejo – Alguém Falou Sobre Nós
- Anne Applebaum – Autocracia, Inc.
- Han Kang – Atos Humanos
- Irene Vallejo – Alguém Falou Sobre Nós
domingo, 30 de março de 2025
quinta-feira, 27 de março de 2025
Sons da Primavera
1. Kim Deal – Nobody Loves You
2. Peter Murphy & Boy George – Let The Flowers Grow
3. PJ Harvey, Tim Phillips – Love Will Tear Us Apart
4. U2 – Happiness
5. CocoRosie – Cut Stitch Scar
6. Maximilian Hecker – Polyester
7. James – She’s A Star
8. Aurora – A Soul With No King
9. Sparks – Do Things My Own Way
10. Sharon Van Etten & The Attachment Theory – Idiot Box
11. Tom Waits – Yesterday Is Here
12. Lucrecia Dalt (ft. David Sylvian) – Cosa Rara
13. The Last Internationale – Masters Of War
14. Victoria, Anitta – Get Up B*tch! Shake Ya Ass
15. Father John Misty – Screamland
16. Lady Gaga, Bruno Mars – Die With A Smile
17. Kate Hudson – Talk About Love
18. Tyler, The Creator – Noid
19. Eminem (ft. Nate Ruess) – Headlights
20. Kendrick Lamar – Not Like Us
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
A solidão dos imersos no mundo digital
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Leituras do Mês
- Joseph Roth – A Lenda do Santo Bebedor
- Gabriel García Márquez – Ninguém Escreve ao Coronel
- Harlan Coben – Só Me Enganas Uma Vez
- Sandro Veronesi – O Colibri
- Gabriel García Márquez – Ninguém Escreve ao Coronel
- Harlan Coben – Só Me Enganas Uma Vez
- Sandro Veronesi – O Colibri
sábado, 4 de janeiro de 2025
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
5 Dias 5 Livros
- Italo Svevo – Um Embuste Perfeito
- Mário Zambujal – Crónica dos Bons Malandros
- Honoré de Balzac – O Coronel Chabert
- Albert Camus – O Estrangeiro
- Danielle Steel – A Avó Dan
- Mário Zambujal – Crónica dos Bons Malandros
- Honoré de Balzac – O Coronel Chabert
- Albert Camus – O Estrangeiro
- Danielle Steel – A Avó Dan
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Os Melhores Discos do Ano 2024
Esta é a altura do ano para mergulhar nas paisagens sonoras que definiram o ano. Selecionar os "melhores" álbuns é sempre uma jornada subjetiva e apaixonada. A lista que preparei representa aquilo que considerei mais inovador, impactante e memorável na música lançada.
- Nick Cave and the Bad Seeds - Wild God
- Fontaines D.C. - Romance
- Maria Reis - Suspiro
- The Cure - Songs Of A Lost World
- Charli XCX - Brat
- Idles - Tangk
- English Teacher - This Could Be Texas
- Mercury Rev - Born Horses
- Billie Eilish - Hit Me Hard And Soft
- The Smile - Wall Of Eyes
- Marika Hackman - Big Sigh
- Vampire Weekend - Only God Was Above Us
- Kim Deal - Nobody Loves You More
- MJ Lenderman - Manning Fireworks
- Beth Gibbons – Lives Outgrown
- Michael Kiwanuka - Small Changes
Playlist com outros sons que marcaram 2024:
sábado, 28 de dezembro de 2024
As Minhas Melhores Leituras de 2024
1. Pierre Singaravélou & S. Venayre – A Mercearia do Mundo
2. Fernanda Melchior – Temporada de Furacões
3. Jaroslav Hašek – O Bom Soldado Švejk
4. Han Kang – Lições de Grego
5. Paul Auster – Baumgartner
6. Marjane Satrapi – Persépolis
7. Camilo José Cela – Rol de Cornudos
8. Itamar Vieira Junior – Torto Arado
9. Virginie Despentes – Vernon Subutex 3
10. José Eduardo Agualusa – Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku
11. Jo Nesbø – Lua de Sangue
12. John Banville – Os Infinitos
2. Fernanda Melchior – Temporada de Furacões
3. Jaroslav Hašek – O Bom Soldado Švejk
4. Han Kang – Lições de Grego
5. Paul Auster – Baumgartner
6. Marjane Satrapi – Persépolis
7. Camilo José Cela – Rol de Cornudos
8. Itamar Vieira Junior – Torto Arado
9. Virginie Despentes – Vernon Subutex 3
10. José Eduardo Agualusa – Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku
11. Jo Nesbø – Lua de Sangue
12. John Banville – Os Infinitos
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Brain rot
A popular expressão “brain rot”, cujo tom hiperbólico sintetiza bem os desafios tecnológicos que vivemos, poderá ser traduzida literalmente por “podridão”, “apodrecimento cerebral” ou “queimar neurónios”.
Esta gíria refere-se a uma sobrecarga mental por exposição a conteúdos de baixa qualidade ou ao stress excessivo, e não a uma destruição literal de neurónios. O fenómeno descreve a deterioração da capacidade de raciocínio causada pela exposição contínua a conteúdo trivial da internet. Trata-se do impacto dos estímulos contínuos e da degradação de conteúdos das redes sociais, com crescente passividade dos utilizadores e redução do sentido crítico.
O que está em causa é uma nova forma de vida que afeta o conhecimento e a comunicação, o uso do tempo e, o uso (ou falta dele) do cérebro. No fundo, estamos em mergulho assustador para um estado de letargia em que deixamos que os algoritmos e a inteligência artificial decidam tudo por nós. Participamos na queda, mas somos incapazes de um gesto para a travar.
domingo, 22 de dezembro de 2024
Sons de Inverno
1. FKA Twigs – Eusexua
2. Fontaines D.C. – Favourite
3. Billie Eilish – Lunch
4. Vampire Weekend – Gen-X Cops
5. Sharon Van Etten & The Attachment Theory – Afterlife
6. English Teacher – Song About Love
7. Tindersticks – New World
8. Still Corners – The Dream
9. The Jesus And Mary Chain – Pop Seeds
10. Manu Chao – São Paulo Motoboy
11. Nilüfer Yanya – Like I Say (I Runaway)
12. Tunde Adebimpe – Magnetic
13. Charli XCX (ft. Billie Eilish) – Guess
14. Girl In Red – Too Much
15. Mercury Rev – Ancient Love
16. Warhaus – No Surprise
17. CocoRosie – Least I Have You
18. Bon Iver – S p e y s i d e
19. Laurie Anderson (ft. Anohni) – India And On Down To Australia
20. Homem Em Catarse (ft. Luca Argel, Sara Yasmine e Nuno Prata) – Gueto Da Paz
terça-feira, 5 de novembro de 2024
terça-feira, 8 de outubro de 2024
Sons de Outono
1. Thurston Moore (ft. Laetitia Sadier) – Sans Limites
2. Iron & Wine (ft. Fiona Apple) – All In Good Time
3. Bleachers – Tiny Moves
4. Hælos – Kyoto
5. Kavinsky – Nightcall
6. London Grammar – House
7. Jamie XX – Treat Each Other Right
8. Nilüfer Yanya – Stabilise
9. Arab Strap – Bliss
10. Fontaines D.C. – Starburster
11. Billie Eilish – Birds Of A Feather
12. Vampire Weekend – Capricorn
13. Still Corners – Today Is The Day
14. MGMT – Nothing To Declare
15. Camera Obscura – We’re Going To Make It In A Man’s World
16. Underworld – Black Poppies
17. Lionlimb (ft. Angel Olsen) – Dream Of You
18. Cigarettes After Sex – Baby Blue Movie
19. Beth Gibbons – For Sale (live)
20. The Cure – Alone
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Leituras do Mês
- Maria Filomena Mónica – Os Livros da Minha Vida
- Jaroslav Hašek – O Bom Soldado Švejk
- Charles Bukowski – Histórias de Loucura Normal
- Sándor Márai – A Herança de Eszter
- Charles Bukowski – Histórias de Loucura Normal
- Sándor Márai – A Herança de Eszter
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
quinta-feira, 25 de julho de 2024
Sons de Verão
1. Sleater-Kinney – Hell
2. Young Fathers – I Saw
3. Sia – Gimme Love
4. The Jesus And Mary Chain – Jamcod
5. English Teacher – The World’s Biggest Paving Slab
6. Warhaus – Popcorn
7. Dry Cleaning – Swampy
8. Kurt Vile – Another Good Year For The Roses
9. Bjork (Ft. Rasalía) – Oral
10. Liam Gallagher & John Squire – Just Another Rainbow
11. The Black Keys – Beautiful People (Stay High)
12. Lola Young – Wish You Were Dead
13. The Vaccines – Discount De Kooning (Last One Standing)
14. Kim Gordon – Bye Bye
15. James – Is This Love
16. Japanese Breakfast – Posing In Bondage
17. Anjimile – The King
18. Vera Sola – Bad Idea
19. Nick Cave – La Vie En Rose
20. Vampire Weekend – Mary Boone
8. Kurt Vile – Another Good Year For The Roses
9. Bjork (Ft. Rasalía) – Oral
10. Liam Gallagher & John Squire – Just Another Rainbow
11. The Black Keys – Beautiful People (Stay High)
12. Lola Young – Wish You Were Dead
13. The Vaccines – Discount De Kooning (Last One Standing)
14. Kim Gordon – Bye Bye
15. James – Is This Love
16. Japanese Breakfast – Posing In Bondage
17. Anjimile – The King
18. Vera Sola – Bad Idea
19. Nick Cave – La Vie En Rose
20. Vampire Weekend – Mary Boone
segunda-feira, 1 de julho de 2024
Leituras do Mês
- Marina Lewycka – Uma Breve História dos Tratores em Ucraniano
- Louise Candlish – O Passageiro Misterioso
- Pierre Singaravelou e Sylvain Venayre – A Mercearia do Mundo
- Fernanda Melchior – Temporada de Furacões
quinta-feira, 20 de junho de 2024
Obrigado, 11º K (ESAS)
Adorei ser o vosso professor de Economia e apesar de ter sido um percurso longo, constituído por diversos desafios, espero que tenham desfrutado das experiências de aprendizagem e que sintam que estão mais preparados para os voos maiores que terão pela frente.
Desejo que alcancem o maior sucesso e que consigam concretizar todos os vossos sonhos.
CCB
sábado, 4 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Lloyd Cole – Theatro Circo (30 de Abril)
O músico e cantor britânico revisitou quatro décadas de carreira sozinho e no centro do palco, todo vestido de branco, ladeado por duas guitarras, que foi trocando ao longo do concerto.
Lloyd Cole é um exímio guitarrista e continua a ser dono de uma voz envolvente e única, que a acústica do Theatro Circo potencia, para gáudio do público.
O músico inglês brindou o público com um humor leve e uma capacidade de rir-se de si próprio que só os grandes artistas possuem:
- anunciou que o espetáculo de duas horas tem um intervalo para “fazer os que as pessoas da nossa idade precisam fazer”, diz o cantor de 63 anos, rematando que lhe cabe fazer, portanto, o concerto de abertura e o concerto principal;
- assegurou que a mãe demorou 30 anos a gostar de uma canção sua (“Myrtle And Rose”);
- gozou com a editora Polydor por esta ter pensado que ele ia ser “grande”;
- ao mencionar o seu último álbum, On Pain, acrescenta também “by the way, it's fantastic”;
- após o tema “Undressed” esclarece que o “naked” refere-se a ele, mas há 30 anos atrás;
- sugeriu que brindassem o clube de futebol local (Sporting Clube de Braga) com parte do refrão do tema "The Idiot” (Stop Being Drug Addicts);
- anunciou que quando escreveu o tema “Like Lovers Do”, o seu filho tinha 2 anos e agora tem mais de 30, concluindo com um “terrifying!”.
São estes pequenos interregnos entre canções que pautam um espetáculo recheado de alguns dos maiores êxitos da sua longa carreira, com alguns temas mais recentes.
Foi uma viagem no tempo, com o poder da música a reavivar memórias e a criar novas lembranças, com o público rendido aos temas e à voz do músico. Lloyd Cole é anos 80, é adolescência, é a esperança de tudo o que estava por vir.
1. Don't Look Back
2. Mr. Malcontent
3. Trigger Happy
4. On Pain
5. Why in the World?
6. Can You Hear Me (David Bowie cover)
7. Rattlesnakes
8. Like Lovers Do
9. My Other Life
10. 2cv
11. Undressed
12. Tried to Rock (LC and the Negatives)
13. The Afterlife
14. Are You Ready to Be Heartbroken?
15. Brand New Friend
16. The Idiot
17. Why I Love Country Music
18. Butterfly
19. Jennifer She Said
20. Woman in a Bar
21. No Blue Skies
22. Myrtle and Rose
23. How Wrong Can You Be?
24. Cut Me Down
25. Perfect Skin
26. Passenger (Iggy Pop cover)
27. Lost Weekend
28. Forest Fire
quinta-feira, 25 de abril de 2024
terça-feira, 23 de abril de 2024
segunda-feira, 1 de abril de 2024
Leituras do Mês
- John Banville – Os Infinitos
- Peter Swanson – Aqueles Que Merecem Morrer
- Li Cunxin – O Último Bailarino De Mao
- Kate Elizabeth Russell – Minha Sombria Vanessa
- Li Cunxin – O Último Bailarino De Mao
- Kate Elizabeth Russell – Minha Sombria Vanessa
quinta-feira, 28 de março de 2024
Sons da Primavera
1. Rufus Wainwright (Ft. Anohni) – Going To A Town
2. The Big Moon – Trouble
3. Grian Chatten – Fairlies
4. First Aid Kit – A Feeling That Never Came
5. The Smile – Wall Of Eyes
6. Master Peace – Veronica
7. Dua Lipa – Houdini
8. Jungle – Back On 74
9. Bloc Party – So Here We Are
10. Romy & Fred again… - Strong
11. Kamal. – White Wine
12. Lucy Dacus – Night Shift
13. MGMT – Bubblegum Dog
14. Archive – Vice
15. Sfistikated (Ft. Rezar) – In The Middle
16. Wallners – In My Mind
17. Beabadoobee – Glue Song
18. Sufjan Stevens – Will Anybody Ever Love Me?
19. Best Youth – Back With A Bang
20. Filipe Sambado (Ft. Conan Osíris) – Caderninho
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
Swans + Maria W Horn – Theatro Circo (20 de Fevereiro)
De seguida, iniciaram o concerto com “The Beggar”, faixa-título do novo disco, o 16º, que é Swans em estado puro. Um acorde insistente serve de âncora durante a música que, com as invocações xamânicas de Gira, vai fervilhando com maior e maior intensidade até este martelar o ar com a sua mão indicando uma explosão de som por parte da banda.
Seguiu-se “The Hanging Man”, uma das melhores músicas do álbum anterior, “Leaving Meaning”, cuja atmosfera paranoica é ampliada pela performance do baixista Christopher Pravdica que martelou a linha de baixo com a sofreguidão que a canção pede.
É difícil adjetivar uma performance dos Swans. Palavras como transcendente, religiosa ou brutal são lugares comuns que não fazem justiça à intensidade do concerto. Uma pessoa não experiencia um concerto dos Swans; uma pessoa é submetida a um concerto dos Swans.
Setlist:
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
Pensamento do Dia
“Somente aqueles que estão a dormir não cometem erros.”
Ingvar Kamprad, empresário sueco, fundador da IKEA
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
Leituras do Mês
- Olivier Rolin – Baku - Últimos Dias
- Fabio Volo – O Dia Que Faltava
- Clara Sánchez – Os Monstros Também Amam
- Robert Graves – Eu, Cláudio
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Os Melhores Discos do Ano 2023
O ano foi intenso, criativo e cheio de surpresas musicais. Entre retornos aguardados, novos talentos e experiências sonoras que desafiaram géneros, estes álbuns destacaram-se pela originalidade, impacto e consistência artística. Para mim, estes foram os discos que marcaram 2023 — aqueles que não só definiram o som do ano, mas também o meu estado de espírito:
- Lana Del Rey – Did You Know That There’s A Tunnel Under Ocean Blvd
- Blur – The Ballad Of Darren
- The Clockworks – Exit Strategy
- Boygenius – The Record
- Slowdive – Everything Is Alive
- Depeche Mode – Memento Mori
- Sufjan Stevens – Javelin
- Anohni and the Johnsons – My Back Was A Bridge For You To Cross
- PJ Harvey – I Inside The Old Year Dying
- Robert Forster – The Candle And The Flame
- Caroline Polachek - Desire, I Want To Turn Into You
- The National – First Two Pages Of Frankenstein
- Wednesday - Rat Saw God
- Bar Italia – Tracey Denim
- Belle And Sebastian – Late Developers
- The Kills – God Games
Playlist com outros sons que marcaram 2023:
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023
As Minhas Melhores Leituras de 2023
1. Douglas Stuart – Shuggie Bain
2. Arturo Pérez-Reverte – O Italiano
3. Eduardo Mendoza – A Cidade Dos Prodígios
3. Eduardo Mendoza – A Cidade Dos Prodígios
4. Paul Auster – 4 3 2 1
5. Geoff Dyer – Os Últimos Dias de Roger Federer e Outros Finais
6. Shusaku Endo – Silêncio
7. Virginie Despentes – Vernon Subutex
8. Jorge Carrión – Livrarias
9. Herberto Helder – Os Passos Em Volta
10. David Galgut – A Promessa
11. Flannery O’Connor – Um Bom Homem É Difícil de Encontrar
12. Abdulrazak Gurnah – O Desertor
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Reuniões de Profes
Ata de um Conselho de Turma (de uma Escola Secundária da Terra Média):
----- Relativamente ao aproveitamento, o Conselho de Turma caracterizou-o como hilariante, uma vez que os níveis atribuídos pouco têm a ver com o desempenho dos alunos, mas sim com outros fatores, nomeadamente: o desejo de nunca mais os ver na sala de aula; a necessidade de cumprir as anedóticas metas de sucesso, de forma a evitar o paleio justificativo no relatório de avaliação de desempenho e demais documentação; a vontade de evitar recursos por seis ou sete encarregados de educação, previamente referenciados pelo conselho de turma como "carraças parentais obcecadas com a entrada dos descendentes no curso de Economia da FEP" [soou uma gargalhada quase geral].
----- A docente de Português confessou que devia ter estudado História para entender os hieróglifos dos testes e também que tinha ganas de imitar Espanca, só para não ter que voltar a ler tantos disparates e facadas na bela Língua Lusitana. Lembrou-se da discrepância que certamente existirá entre a avaliação interna e as notas dos exames nacionais, e por isso considerou não haver qualquer problema se as classificações se mantiverem camufladas na “bondade avaliativa” [soaram exclamações de compreensão e comiseração em quatro docentes].
----- O docente de Geografia declarou que não abdicava dos seus princípios, pelo que tinha atribuído nível quinze a um aluno que nunca compareceu [silêncio constrangedor]. O diretor de turma, bem-humorado, sugeriu que se alterasse para “dezasseis”, o que mereceu uma ovação geral, quanto mais não fosse para não terem que aturar os chiliques pedagógicos do Gabinete de Psicologia.
----- A docente de Inglês esclareceu que mais de metade da turma não distingue ainda “yes” de “no”, o que compreende pois nas suas aulas só falam português, e por isso é-lhe impossível dar menos de dezassete valores a toda a gente pois eles são todos uns amores [nesse momento, fez-se silêncio temeroso].
----- O docente de Educação Física acrescentou que também não tem vontadinha nenhuma de aturar os comentários infelizes de vários quadrantes sobre a importância das suas áreas curriculares, pelo que o nível mínimo que atribuiu foi dezassete, que serviu para penalizar 4 alunos por nunca terem levado sapatilhas para a sua aula.
----- A docente de Matemática não disse mas com certeza pensou nas “melgas inúteis” que são os pais e demais parentes que acompanham vários alunos na realização dos TPC e que os instruem no sentido de pôr em causa tudo o que acontece nas suas aulas, embora a maioria nem o nono ano devia ter concluído [interjeições de concordância e olhares suspeitos de quatro docentes].
----- A docente de Filosofia explicou ao conselho que, no âmbito da interdisciplinaridade, tinha decidido uniformizar os critérios de avaliação, a saber: nível dezoito para quem tivesse pulsação, nível dezanove para quem também respirasse sozinho e nível vinte para quem emitisse cumulativamente sons [olhares de compaixão].
----- Para o docente de Economia, em resposta ao Representante dos Encarregados de Educação que considerou as notas da disciplina muito preocupantes (pois no ano anterior os alunos não falaram de Economia nas respetivas aulas mas pelo menos tiveram média de 16 valores), a inação de uns, a fraca prestação de outros, o desinteresse e a falta de ambição daqueles, enfim, aparentemente barricados na mediocridade escolar, acabam por ter um efeito de desvitalização de todos, vindo sucessivamente a induzir uma mediania académica, mas que tudo poderia ser compensado desde que a estrutura do próximo teste de avaliação fosse ESTA e se inscrevessem na Juventude Socialista.
------ O Diretor de Turma destacou o facto de em mais de trinta anos nunca ter encontrado uma turma de alunos tão mimados, cultores da ignorância, incapazes de cumprir com as regras mínimas de uma sala de aula, que encaram o copianço nos testes como uma atividade perfeitamente normal e os trabalhos práticos como uma forma de praticar as funções “copy” e “paste” do Word e, não satisfeitos com a exuberância do seu tónus intelectivo, boçalmente ajuizarem sobre a condução do processo de ensino-aprendizagem. Por tudo isto, na sua disciplina decidiu atribuir como nota mais baixa dezassete valores [múltiplas interjeições de concordância].
----- E nada mais havendo a tratar...
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
terça-feira, 14 de novembro de 2023
The Clockworks - "Exit Strategy"
Com o lançamento de “Exit Strategy”, os The Clockworks criaram um mundo para ser explorado, analisado e decifrado, mas acima de tudo para ser sentido.
Ao contrário do que o nome indiciaria, esta não é uma estratégia de saída, mas, sim, de uma entrada direta para a lista dos melhores discos do ano. Músicas introspetivas e contemplativas, de indie-pop nostálgico, mas com bastantes laivos de post-punk e uma raiva latente à espreita.
É um álbum conceptual que, à imagem da banda nascida em Galway, Irlanda, mas amadurecida em Londres, Inglaterra, narra a história de uma personagem que viaja da sua terra-natal irlandesa até à capital londrina à procura de uma vida melhor. Ao longo dos 13 temas do disco, o nosso protagonista da classe operária narra, com ricos recursos líricos, os dramas mundanos de quem tenta sobreviver num mundo sem escrúpulos e desenhado apenas para alguns privilegiados.
A produção de Bernard Butler (guitarrista original dos Suede) foi certamente um fator determinante para o som fresco da banda. Aqui e ali, até se notam alguns parentescos melódicos entre os saudosos Suede do início dos anos 90. Também é quase impossível não notar algumas influências dos Fontaines D.C., especialmente nos temas mais ritmados. Foi por influência de Butler que a banda optou por regravar alguns temas que já antes editara em formato single. A nova roupagem, com o seu toque de Midas, melhorou-as bastante oferecendo uma maior preponderância às guitarras, mas sem apagar o toque introspetivo da banda. O som ficou ali dependurada num limbo oscilante entre um indie-pop melancólico e um post-punk niilista.
O resultado final é um belo conto suburbano das agruras do dia-a-dia, movido a melodias emotivas e guitarras firmes e marcantes. Uma estreia auspiciosa e um dos melhores discos do ano.
domingo, 5 de novembro de 2023
sexta-feira, 27 de outubro de 2023
Manifestus
Os recentes casos de ataques, pressões e ameaças contra livros e autores, deixam-me profundamente irritado!
A brigada de higienização já chegou aos livros. Há que esconder as obras que podem ferir suscetibilidades.
É preciso linguagem inclusiva. Aprontem os fósforos, não vá ser preciso umas fogueiras. Chamem Guy Montag, o protagonista de Fahrenheit 451. Comecem pelos livros de História que estão cheios de coisas obscenas. O que vale é que já temos “literatura” escrita por inteligência artificial. A estupidez é que é sempre pura. E infinita.
quinta-feira, 26 de outubro de 2023
Leituras do Mês
- Tomás Eloy Martínez – O Cantor De Tango
- Céline – Morte A Crédito
- Juan Marsé – Essa Puta Tão Distinta
- Flannery O’Connor – Um Bom Homem É Difícil de Encontrar
- Céline – Morte A Crédito
- Juan Marsé – Essa Puta Tão Distinta
- Flannery O’Connor – Um Bom Homem É Difícil de Encontrar
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
Sons de Outono
1. Sigur Rós – Fall
2. Devendra Banhardt – Twin
3. London Grammar & SebastiAn – Dancing By Night
4. Silvert Høyem – The Rust
5. Metric – Days of Oblivion
6. Idles – Dancer
7. U2 – Atomic City
8. Debby Friday (Ft. Uñas) – I Got It
9. Yves Tumor – Echolalia
10. Måneskin (Ft. Tom Morello) – Gossip
11. JP Saxe (Ft. Julia Michaels) – If The World Was Ending
12. Future Islands – Deep In The Night
13. Depeche Mode – My Favourite Stranger
14. Passenger (Ft. Gabrielle Aplin) – Circles
15. Maximilian Hecker – Neverheart
16. Harry Styles – Fine Line
17. Sharon Van Etten – When I Die
18. Deerhoof – Midnight, The Stars And You
19. Tomara – Avalanche
20. Carminho – Levo O Meu Barco No Mar
terça-feira, 24 de outubro de 2023
Killers Of The Flower Moon, de Martin Scorsese
A ação de Killers Of The Flower Moon (“Assassinos da Lua das Flores”) passa-se na década de 1920, nos Estados Unidos, no meio da comunidade de índios Osage, milionários por terem descoberto petróleo nas terras que lhes foram destinadas como reserva. Mas há uma família que tem uma estratégia para desviar a fortuna, liderada por um patriarca (Robert De Niro, genial) e que inicia nas atividades criminosas um novato acabado de chegar, que tem a pele de Leonardo DiCaprio. Porém, os diversos assassinatos de índios Osage levam a uma investigação do recém-criado FBI de Edgar J. Hoover.
Martin Scorsese fez de novo apelo aos seus atores fetiche, De Niro e DiCaprio, juntou-lhes uma soberba Lily Gladstone, oriunda de uma outra comunidade de nativos americanos, transformou um livro de David Grann já existente, baseado numa história verídica, numa obra autónoma, consultou, trabalhou com e respeitou os índios Osange, e oferece-nos ao mesmo tempo uma verdadeira tragédia americana, uma obra monumental, com interpretações poderosas, reconstituição histórica rigorosa e uma crítica contundente à violência colonial e ao capitalismo selvagem da época. Sem dúvida um dos grandes momentos cinematográficos do ano.
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
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